Conforme o dermatologista Cristiano Lange, as micoses mais comuns são as superficiais, que ocorrem na pele, mas as micoses profundas, que acometem órgãos internos e também podem acometer a pele, não são incomuns, principalmente em pessoas com baixa imunidade.
Ele também explica que a alergia, por outro lado, é uma resposta do sistema imunológico do organismo, ocorrendo quando esse sistema de defesa detecta a presença de alguma substância estranha e age no intuito de preservar a integridade do corpo: “As substâncias estranhas que desencadeiam alergias podem vir através de alimentos, contato com a pele, aspiração, ou até mesmo através de infecções do organismo por bactérias, fungos e vírus.”
De acordo com o dermatologista, “os sintomas das micoses variam muito conforme o local infeccionado e o tipo de fungo; por exemplo, diferentes tipos de fungos podem infeccionar os pulmões, resultando em sinais e sintomas diferentes. No caso das infecções de pele por fungos, o mesmo se aplica, havendo infecções fúngicas com poucos sintomas e outras com muitos sintomas. Os mais comuns são: coceira, descamação da pele e áreas inflamadas. Se não tratada, a micose de pele tende a aumentar, provocando mais lesões pela pele e podendo acometer unhas e pelos por exemplo.”
Por fim, Lange esclarece que não é anormal a micose manifestar-se mais de uma vez no mesmo lugar. Isso ocorre porque, após o tratamento, o organismo vai ter as mesmas chances de ter nova infecção por fungo. Também é comum que uma micose aparentemente tratada na verdade ainda esteja com micro-organismos viáveis, que assim que encontrarem condições favoráveis para se reproduzir voltarão a causar a infecção. “Outro aspecto é que existe uma variabilidade de cada pessoa quanto à resistência natural a infecções por fungos, sendo que algumas pessoas podem desenvolver facilmente as infecções após a contaminação com o fungo, enquanto outras são mais resistentes e o fungo não encontra condições apropriadas para se desenvolver”, conclui.